quinta-feira, 30 de maio de 2013

Crack: internação compulsória é a solução?

          O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima em 1,2 milhão de brasileiros, em geral jovens de 13 a 18 anos, envolvidos com o uso do crack. Dentro desse contingente, em maior percentual, estão os negros e jovens com baixa escolaridade.
          Historicamente, o crack surgiu nos Estados Unidos em meados dos anos 80, tendo, inicialmente, seu uso restrito às comunidades de periferia.
           Sobretudo, por ser uma droga de baixo custo financeiro e de alto poder de drogadição, o crack, em menos de duas décadas, se popularizou chegando até outras classes sociais, se espalhando por outros continentes.
          No Brasil, o ano de 2012 escancarou para a população a epidemia, e levou ao debate acirrado a questão da internação compulsória dos dependentes, como uma possível solução para o magno problema.          
           Primeiramente, não podemos perder de foco que a população de rua é a mais afetada, ficando, por isso mesmo, mais vulnerável a todo tipo de violências e riscos.
          Em segundo lugar, diferentemente do que muitos pensam, não é o uso do crack que, diretamente, mais mata os seus usuários. Estudo recente realizado com usuários de crack revelou que 57% dos acompanhados morreram por homicídio. Depois, está a morte por Aids, com 26%, e apenas 9% foram vítimas de overdose.
          Portanto, as autoridades precisam parar com essas atitudes salvacionistas, tirar o foco emocional do problema, colocando-o dentro das reais necessidades das partes evolvidas: Sociedade, Família e o Estado.

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